Friday, October 29, 2010

CARTA DE INTENÇÕES PARA ASSEGURAR UM BRASIL JUSTO E SUSTENTÁVEL: BUSCA DE NOVOS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO, NOVAS ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DE RECURSOS

2010 GAIA ELECTION CAMPAIGN: FOR A GAIA MORE CONSCIOUS & MORE SUSTAINABLE



I)                    INTRODUÇÃO


A situação do meio ambiente no Globo desafia a humanidade a preservar os recursos naturais e, ao mesmo tempo, possibilitar um desenvolvimento social justo, permitindo que as sociedades humanas atinjam uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos, colocando em ação todas as premissas do desenvolvimento sustentável. A necessidade de consolidar novos modelos de desenvolvimento exige a construção de novas alternativas de utilização dos recursos, orientada por uma racionalidade ambiental e uma ética da solidariedade.
O termo desenvolvimento sustentável surgiu em 1980 e foi consagrado em 1987 pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Comissão Brundtland, que produziu um relatório considerado básico para a definição desta noção e dos princípios que lhe dão fundamento (WORLD..., 1980).
De acordo com o Relatório Brundtland:
[...] desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforça o potencial presente e futuro, a fi m de atender às necessidades e aspirações futuras [...] é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. (NOSSO..., 1988, p. 46). O Relatório obteve rápida e ampla repercussão internacional. Os princípios do desenvolvimento sustentável estão na base da Agenda 21, documento aprovado por mais de 180 países durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. As ideias ali contidas foram assimiladas pelas organizações do sistema das Nações Unidas e diversas organizações internacionais e, desde então, têm sido progressivamente incorporadas às agendas de numerosos países. Trata-se de um novo paradigma para abordar um velho desafio: o desenvolvimento. Nesta nova ótica, a noção de desenvolvimento, por muito tempo identificado ao progresso econômico, extrapola o domínio da economia através da sua integração com as dimensões social, ambiental e institucional, apoiando-se em novos paradigmas.




A preocupação com o desenvolvimento sustentável e com as ações de gestão ambiental vêm ganhando espaço crescente na sociedade contemporânea. Tais afirmações se tornam cabíveis  diante da preocupação da Organização das Nações Unidas quando ela coloca:

“Um estudo realizado a pedido do Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, alerta que o planeta corre o sério risco de sofrer um colapso ambiental ainda neste século se medidas enérgicas não forem tomadas para reverter o atual quadro de destruição dos recursos naturais.”

     Estudos recentemente desenvolvidos constataram que cerca de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão degradados ou sendo usado de modo não sustentável, o que pode provocar um colapso ambiental global em um período de 50 anos. Intitulado "Avaliação Ecossistêmica do Milênio" (AEM), o estudo começou em 2001, reunindo 1.360 especialistas de 95 países. “As perspectivas para o futuro próximo são alarmantes, alertaram os pesquisadores, enfatizando que a destruição causará o surgimento de novas doenças, escassez de água, da pesca e aparição de zonas mortas no litoral.”

Diante da ameaça à vida no planeta, os movimentos ambientalistas vêm avançando, principalmente nos últimos quarenta anos, abarcando grandes áreas do conhecimento em busca de soluções para os problemas ambientais.

         O desenvolvimento e o modo de produção mundial estão caminhando para um quadro de utilização irracional dos recursos naturais, originando exaustão de elementos indispensáveis à manutenção da vida e contribuindo para a baixa qualidade de vida humana.

         Nas últimas décadas, a questão socioambiental vem despertando preocupações e crescente interesse social, uma vez que se torna pano-de-fundo para a compreensão das complexas relações que estabelecem a vida no planeta.

         A questão ambiental engloba um conjunto de interações internas ao sistema social e deste com o ambiente, caracterizadas segundo Lima, (1999, p.135), como situações marcadas pelo conflito, esgotamento e destrutividade que se expressam nos seguintes aspectos: nos limites materiais ao crescimento econômico exponencial; na expansão urbana e demográfica; na tendência ao esgotamento de recursos naturais e energéticos não renováveis; no crescimento acentuado das desigualdades socioeconômicas intra e internacionais, que alimentam e tornam crônicos os processos de exclusão social; no avanço do desemprego estrutural; na perda da biodiversidade e na contaminação crescente dos ecossistemas terrestres, entre outros.  Por outro lado “A crença no paradigma do desenvolvimento econômico de um país desvinculado do bem-estar social da sua população e também descomprometido com o ambiente natural vem sendo cada vez mais desacreditado.”

Assegurar a sustentabilidade ambiental – o sétimo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – exige que se alcancem padrões de desenvolvimento sustentável e a preservação da capacidade produtiva dos ecossistemas naturais para futuras gerações. Ambos os esforços exigem várias políticas, para inverter os danos ambientais e melhorar a gestão do ecossistema.

         O desafio tem duas dimensões: tratar a escassez de recursos naturais para as pessoas pobres do mundo e inverter os danos ambientais resultantes do elevado consumo das pessoas ricas.

Muitos problemas ambientais decorrem dos padrões de produção e consumo das pessoas que não são pobres, particularmente nos países ricos.

Os países ricos consomem grande quantidade de combustível fóssil e esgotam muitos dos pesqueiros do mundo, danificando o ambiente global. Utilizam também muita madeira e produtos tropicais de espécies em perigo.

Para assegurar a sustentabilidade da Terra e dos seus recursos, incluindo as perspectivas de desenvolvimento dos países pobres, estes padrões prejudiciais de produção e consumo têm de mudar. Os sistemas energéticos terão que gerar emissões de gás de efeito estufa muito mais baixos. As pescas terão que ser geridas com base em limites ecológicos e não numa competição sem regras altamente subsidiada. E as regras internacionais do jogo terão que mitigar o excesso de consumo que põe em perigo os ecossistemas e certas plantas e animais. Mas, com políticas inteligentes e novas tecnologias, os custos dessas alterações podem ser bastante baixos.
         A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que diz respeito a um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o envolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar.
        
         O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano.

Os problemas ecológicos e de pobreza são resultados do modelo de desenvolvimento adotado, sendo essencial a busca de um estilo de desenvolvimento desejável à preservação da vida no planeta.

Para Moreira (2001) a política ambiental é uma espécie de carta de intenção e pode ser considerada a bússola do sistema, pois contém as diretrizes que devem norteá-lo, servindo de base para a definição e revisão de objetivos e metas.

Na estruturação de um Sistema de Gestão Ambiental, para uma organização, a política ambiental visa estabelecer um senso de orientação das ações ambientais de uma organização. Ela determina o objetivo global no tocante ao nível de responsabilidade e desempenho ambiental requerido da organização, com referência aos quais todas as ações subsequentes serão julgadas, sendo desta forma a força motriz para a implementação e aprimoramento do sistema da gestão ambiental de uma organização, permitindo que seu desempenho ambiental seja mantido e potencialmente aperfeiçoado.
A construção do sustentável se apresenta como imperativo, justamente no momento em que a capacidade de promoção de políticas públicas se vê limitada pela própria atrofia das condições de exercício das funções reguladoras do Estado.
Segundo Bazan “O direito ao meio ambiente saudável e equilibrado possui expressa previsão na Constituição Federal, que o elevou ao status de direito fundamental imanente à vida das presentes e futuras gerações (caput do art. 225) e o determinou como princípio geral da ordem econômica brasileira (art. 170, inc. VI, da CF).
Com efeito, há uma significativa interface da tutela ambiental com o desenvolvimento econômico, que tende a ser cada vez mais intensa (1). A nítida desproporcionalidade na extração racional de bens e riquezas naturais - imposto pelos ditames do desenvolvimento econômico globalizado (2), traduz na realidade a crise ambiental (3) no cenário socioeconômico mundial, sobretudo vislumbrada no Brasil (4).”
        
Entretanto, uma concepção inovadora sobre o tema sustentabilidade e a iniciativa privada vem repercutindo,  “Apesar da recente disseminação do discurso da sustentabilidade, grande parte dos executivos ainda considera o desenvolvimento sustentável uma espécie de mal necessário, uma  vez que envolve regulações, custos e responsabilidades onerosas. Este artigo apresenta um modelo complexo e multifacetado de criação de valor para os   acionistas que leva em conta os desafios globais do desenvolvimento sustentável. Mostra, que a sustentabilidade não é irreconciliável com o crescimento econômico, mas que, ao contrário, pode ser importante fonte de vantagem competitiva e de geração de valor para acionistas e comunidade em geral” Hart & Milstein.
E preciso ter em mente que a partir do “início do século XXI um novo paradigma de desenvolvimento vem se consolidando, o chamado desenvolvimento sustentável, em que o grau de avanço de uma dada sociedade é medido não somente por sua capacidade de gerar riqueza, mas também pelas condições de divisão da riqueza gerada juntamente com a preservação e conservação do meio ambiente. No entanto, a sua mensuração tem se mostrado uma tarefa complexa, considerando as especificidades dos diferentes países.” Ribeiro e cols.

A proposta do Gerenciamento de Valor Sustentável (Sustainable Magagement Value – SMV) é muito bem descrita por Hart & Milstein
“Algumas poucas empresas têm começado a tratar a sustentabilidade como uma oportunidade de negócios, abrindo caminho para a diminuição de custos e riscos, ou até mesmo elevando seus rendimentos e sua participação de mercado por meio da inovação.
Para a maioria das empresas, a busca pela sustentabilidade continua difícil de ser conciliada ao objetivo de aumentar o valor para o acionista. De fato, algumas têm defendido que a criação de um mundo mais sustentável irá exigir que as empresas sacrifiquem os lucros e o valor ao acionista em nome do bem público. Ao partirem de argumentos legais ou morais para a ação das empresas, os executivos inevitavelmente subestimam as oportunidades estratégicas de negócios associadas a esse importante tema. A fim de evitar esse problema, os executivos precisam fazer uma ligação direta entre a sustentabilidade da empresa e a criação de valor para o acionista. Os desafios globais associados à sustentabilidade, considerados sob a ótica dos negócios, podem ajudar a identificar estratégias e práticas que contribuam para um mundo mais sustentável e, simultaneamente, que sejam direcionadas a gerar valor para o acionista. Definimos essa abordagem como a criação de valor sustentável para a empresa.  Começamos apresentando um modelo multidimensional de criação de valor para o acionista. Em seguida, descrevemos os desafios emergentes associados à sustentabilidade global. Por fim, demonstramos como, por meio de estratégias e práticas de negócios apropriadas, os desafios acima podem ser convertidos, pelas empresas, em iniciativas que elevem o valor ao acionista. Fechamos o texto com alguns pensamentos sobre como criar valor verdadeiramente sustentável. O valor ao acionista é um constructo multidimensional.

Criando um Valor Sustentável

 Fonte:  Hart & Milstein.

A Figura 1 ilustra os componentes básicos de nosso modelo de criação de valor ao acionista. O modelo é construído usando-se duas dimensões bem conhecidas que são fontes de tensão criativa para as empresas. O eixo vertical no modelo reflete a necessidade simultânea que a empresa tem de manter os negócios atuais e de criar a tecnologia e os mercados de amanhã. Essa dimensão captura a tensão experienciada pela necessidade de alcançar resultados de curto prazo ao mesmo tempo em que pensa no crescimento futuro. O eixo horizontal reflete a necessidade de crescimento da empresa e de proteger as habilidades e potenciais organizacionais internos, e, ao mesmo tempo, de infundir na empresa novas perspectivas e conhecimentos vindos de fora. Essa dimensão reflete a tensão experienciada pela necessidade de proteger a essência técnica a fim de que ela possa operar sem interferência, ao mesmo tempo em que permanece aberta a novas perspectivas e a novos modelos e tecnologias. A justaposição dessas duas dimensões produz uma matriz com quatro dimensões distintas do desempenho crucial para a geração de valor ao acionista. O quadrante inferior esquerdo foca naqueles aspectos do desempenho que são essencialmente internos e semelhantes em natureza: redução de custo e risco. Crescimento trimestral de ganhos e redução da exposição a passivos legais e a outras perdas potenciais são importantes motivadores para a criação de riqueza. De maneira clara, a menos que a empresa consiga operar eficientemente e reduzir seus riscos proporcionalmente a seus retornos, o valor ao acionista será destruído. O quadrante inferior direito também foca nas dimensões de desempenho que são semelhantes em natureza, mas é ampliado para incluir stakeholders externos à empresa – fornecedores e clientes na cadeia de valor imediata, bem como órgãos de regulação, comunidades, ONGs e a mídia.
Sem uma inclusão acertada dos interesses desses stakeholders, o direito de operar da empresa pode ser questionado. Uma inclusão criativa desses interesses pode estimular uma posição diferenciada para a empresa, levando a um aumento de reputação e a uma legitimidade cruciais para a preservação e o crescimento do valor ao acionista.  Mudando para o quadrante superior esquerdo do modelo, a empresa deve não apenas ter um desempenho eficiente nos negócios atuais, mas também estar constantemente preocupada com a criação de produtos e serviços do futuro. Internamente, isso significa desenvolver e adquirir as habilidades, competências e tecnologias que posicionam a empresa para o crescimento futuro. Sem esse foco em inovação, tornar-se-á difícil para a empresa criar um novo fluxo de produtos e serviços necessários para garantir sua prosperidade no futuro. A criação de valor ao acionista depende então da habilidade que a empresa tem para destruir criativamente suas capacidades em favor das inovações de amanhã. Finalmente, o quadrante superior direito foca nas dimensões externas associadas ao desempenho futuro. Expectativas críveis de crescimento futuro são a chave para a geração de valor ao acionista; o que depende da capacidade da empresa em articular uma clara visão sobre qual será seu caminho e sua trajetória de crescimento. Uma trajetória de crescimento convincente demanda que a empresa ofereça novos produtos para os consumidores atuais ou que explore uma maneira transparente, responsável, tendo em vista a existência de uma bem informada e ativa base de stakeholders. Um terceiro conjunto de motivadores relaciona-se com as tecnologias emergentes que oferecem soluções poderosas e revolucionárias que podem tornar obsoletas as bases de muitas das atuais indústrias que usam energia e matérias-primas de forma intensiva. Genoma, biomimética, nanotecnologia, tecnologia da informação e energia renovável têm, todas, o potencial para reduzir drasticamente as pegadas do homem sobre o planeta, tornando quase obsoletos os problemas da rápida industrialização. Por exemplo, a bio e a nanotecnologia criam produtos e serviços a um nível molecular, sustentando o potencial para eliminar o conceito de resíduo e poluição. Similarmente, a biomimética representa uma tentativa de ultrapassar os processos naturais a fim de criar novos produtos e serviços sem ter de depender da força bruta para arrasar grandes reservas de matérias-primas naturais. A tecnologia da informação e a energia renovável são distribuídas em caracteres, o que significa que podem ser aplicadas nos contextos mais remotos e em pequena escala, eliminando a necessidade de infra-estruturas centralizadas e de distribuição por cabos, ambos ambientalmente nocivos. As tecnologias de distribuição têm, portanto um potencial de atender às necessidades de bilhões de habitantes rurais (que até agora têm sido ignorados pelos negócios globais) de modo a reduzir drasticamente o impacto ambiental. A inovação e as transformações tecnológicas são então a chave para a busca do desenvolvimento sustentável. Finalmente, um quarto conjunto de motivadores relaciona-se com o aumento da população, da pobreza e da desigualdade associado à globalização. Enquanto havia levado milhares de anos para a população humana alcançar a marca de um bilhão, esse número saltou para seis bilhões em apenas duas gerações. “Esse rápido crescimento populacional tem levado a migrações em massa, da zona rural para as cidades e ao crescimento das desigualdades de renda.”
A pobreza, por sua vez é um problema complexo e multidimensional, com origem ao mesmo tempo na área nacional e na área internacional. Não é possível encontrar uma solução uniforme, com aplicação universal para o combate à pobreza. Antes, é fundamental para a solução desse problema que se desenvolvam programas específicos para cada país, com atividades internacionais de apoio às nacionais e com um processo paralelo de criação de um ambiente internacional de apoio. A erradicação da pobreza e da fome, maior eqüidade na distribuição da renda e desenvolvimento de recursos humanos: esses desafios continuam sendo consideráveis em toda parte. O combate à pobreza é uma responsabilidade conjunta de todos os países.
Uma política de meio ambiente voltada, sobretudo para a conservação e a proteção dos recursos deve considerar devidamente aqueles que dependem dos recursos para sua sobrevivência, ademais de gerenciar os recursos de forma sustentável. Não sendo assim, tal política poderia ter um impacto adverso tanto sobre o combate à pobreza como sobre as possibilidades de êxito em longo prazo da conservação dos recursos e do meio ambiente. Do mesmo modo, qualquer política de desenvolvimento voltada principalmente para o aumento da produção de bens, caso deixe de levar em conta a sustentabilidade dos recursos sobre os quais se baseia a produção, mais cedo ou mais tarde haverá de defrontar-se com um declínio da produtividade - e isso também poderia ter um impacto adverso sobre a pobreza. Uma estratégia voltada especificamente para o combate à pobreza, portanto, é requisito básico para a existência de desenvolvimento sustentável. A fim de que uma estratégia possa fazer frente simultaneamente aos problemas da pobreza, do desenvolvimento e do meio ambiente, é necessário que se comece por considerar os recursos, a produção e as pessoas, bem como, simultaneamente, questões demográficas, o aperfeiçoamento dos cuidados com a saúde e a educação, os direitos da mulher, o papel dos jovens, dos indígenas e das comunidades locais, e, ao mesmo tempo, um processo democrático de participação, associado a um aperfeiçoamento de sua gestão. Faz parte dessa ação, juntamente com o apoio internacional, a promoção de um crescimento econômico nos países em desenvolvimento - um crescimento ao mesmo tempo sustentado e sustentável, associado a uma ação direta voltada para a erradicação da pobreza por meio do fortalecimento dos programas de emprego e geradores de renda.
Devemos ter em mente que A SUSTENTABILIDADE PRESSUPÕE SOLIDARIEDADE – HOJE, É PRECISO SOLIDARIEDADE COM AS FUTURAS GERAÇÕES; MAS AINDA NÃO APRENDEMOS A SER SOLIDÁRIOS COM O “OUTRO” NO PRESENTE.


II.            OBJETIVOS


OBJETIVO GERAL:

            APRESENTAR ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS ATRAVÉS DA EXECUTIVA NACIONAL DO PARTIDO VERDE A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO EM PRÓL DA INCLUSÃO SOCIAL E DE UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CONDIZENTE COM O BRASIL.


Objetivos específicos:

1.- Reavaliar as propostas de Marina Silva e do Partido Verde para os candidatos ao segundo turno;

2.- Fazer um levantamento preliminar dos planos de governo atuais e anteriores, em busca das causas e consequências das questões socioambientais e da efetividade das soluções implementadas;

3.- Fazer levantamento preliminar da bibliografia dos temas ligados aos relevantes problemas socioambientais globais;

4.- Fazer levantamento preliminar da bibliografia dos temas ligados aos relevantes problemas socioambientais nacionais;

5.- Fazer levantamento preliminar de estudos anteriores acerca de cenários prospectivos brasileiros, avaliando principalmente as propostas de solução das questões socioambientais;

6.- Fazer análise sumária da conjuntura socioambiental nacional e internacional, da atualidade e do passado recente e sua influência na escolha de cenários prováveis ou mais adequados;

7.- Fazer avaliação dos planos de governo propostos pelos principais candidatos ao executivo no pleito de 31 de outubro de 2010.



III.           JUSTIFICATIVA

A Senadora Marina constitui o único fato novo desta eleição. Ela rompeu um jogo (bipolar) de cartas marcadas. Ela trouxe uma nova visão para o país. Ao obter a terceira maior votação no primeiro turno com uma porcentagem de dois dígitos, Marina emergiu como um dos símbolos mais visíveis da reserva ética do país. Tal fato pode ser considerado como um verdadeiro fato portador de futuro como afirmariam os planejadores e os estudiosos de cenários prospectivos.
 
A mudança de um povo é sempre um processo de longo prazo. Toda transformação profunda envolve a alma. A alma não tem pressa, porque vive além da linha do tempo convencional. Assim, o despertar de um povo costuma necessitar séculos.
 
Desde a redemocratização do país, na década de 1980, tem havido um vazio ético e uma falta de idealismo no mundo político brasileiro. 
 
Marina Silva poderá provocar o final deste vácuo se consolidar o nascimento de uma nova força histórica e cultural. A vontade coletiva que ela articula é complexa, abrangente, contraditória. Está ainda imatura. É universalista. É potencialmente apta para lidar com os desafios do século 21. Está vinculada com a ética transcendente que marcará a futura civilização planetária.  
         O começo de projeto político democrático proposto por Marina é em si mesmo a grande vitória. O que fôra ensaiado anos atrás por Heloísa Helena e outras lideranças, se transforma agora em algo mais palpável. Desse quadro multidimensional e ainda em formação faz parte o PSOL, assim como fazem parte indivíduos éticos de outros partidos. O paradoxo e a diversidade são bem-vindos ao processo criativo, porque o futuro vai além desta ou daquela ideologia. Já começa a surgir um projeto histórico, ainda vago. Germina, já, uma pequena semente do Brasil ético de amanhã.  Este país autorresponsável não é algo que possa surgir de um momento para outro.
 
A visão de mundo universal apenas começa a nascer entre os brasileiros. Marina é um dos símbolos do futuro no momento presente. Ela ajuda a articular em seu âmbito de atuação um novo amanhecer que depende de todos e não dela. A oportunidade de chegar a um Brasil ético não está necessariamente distante, mas são necessárias, pelo menos, duas condições para que a vitória dos propósitos socioambientais de Marina, em 2010, se consolide.   
 
1) A primeira condição é que Marina saiba tornar permanente a sua coalizão de cidadãos livres, mantendo a coesão ao propor uma visão clara do processo de construção do futuro.  
         2) A segunda condição é que eleitores, apoiadores e colaboradores de Marina se mantenham mobilizados e atentos em número suficiente. Eles devem saber que há mais coisas por fazer no Brasil do que apenas uma campanha eleitoral para presidente. 
 
          Cada bônus corresponde a um ônus, e todo vencedor deve enfrentar um desafio. Marina pode ter vencido as eleições do ponto de vista moral. Mas ela precisa enfrentar a esfinge do tempo e decifrar um desafio: a aparente dificuldade de construir um país ético.  A senadora funciona hoje em parte como um espelho luminoso da potencialidade do país. Para avançar na sua tarefa, terá de administrar bem o novo papel que está carmicamente convidada a cumprir na história do Brasil.
 
Será preciso comprovar que esta é uma terra de pessoas honestas. Que o povo merece respeito. Que não é por acaso que aqui viveu gente como Antônio Vieira, Tiradentes, José Bonifácio e Chico Mendes, entre outros.
 
O resgate da ética pode demorar mais tempo ou menos tempo, mas será algo tão inevitável e tão luminoso quanto o surgimento de um novo dia.         
Acompanhada de seu vice, Guilherme Leal, e por diversos assessores que a auxiliaram na montagem das diretrizes, Marina afirmou que, apesar de não ter alianças que lhe garantam maioria, pôde contar com sua equipe e que a sociedade precisa mudar sua visão quanto à governabilidade. "O que não me falta é equipe. Precisamos desmistificar o velho conceito que a sociedade tem de equipe (...) nunca me neguei a dar posicionamento a Fabio Feldmann (candidato ao governo de São Paulo) mesmo quando era do PSDB. “Graças a Deus há vida além dos partidos. E como há!", disse a candidata.
Neste sentido é importante que os candidatos a presidência firmem e cumpram compromissos que assegurem os valores fundamentais:
OS 12 VALORES FUNDAMENTAIS DO PARTIDO VERDE
A Ecologia
A preservação do meio ambiente, o ecodesenvolvimento (ou desenvolvimento sustentável), a reciclagem e a recuperação ambiental permanente.

A Cidadania
O respeito aos direitos humanos, o pluralismo, a transparência, o pleno acesso à informação e a mobilização pela transformação pacífica da sociedade.

A Democracia
O exercício da democracia representativa, através do processo eleitoral e da existência de um poder público eficiente e profissionalizado, combinado com mecanismos participativos e de democracia direta, sobretudo em âmbito local, através de formas de organização da sociedade civil e conselhos paritários com o poder público.

A Justiça Social
Condições mínimas de sobrevivência com dignidade para todas as pessoas. Direitos e oportunidades iguais para todos. O poder público como regulador do mercado protegendo os mais fracos e necessitados, garantindo o acesso a terra e promovendo a redistribuição da renda através de mecanismos tributários e investimento público.

A Liberdade
A liberdade de expressão política, criação artística, expressão cultural e informação; o direito à privacidade; o livre arbítrio em relação ao próprio corpo; a autonomia e a iniciativa privada, no âmbito econômico.

O Poder Local
O fortalecimento cada vez maior do poder local, das competências municipais e das formas de organização e participação da comunidade. Para transformar globalmente é preciso agir localmente.

A Espiritualidade
A transformação interior das pessoas para a melhoria do planeta. Reconhecimento da pluralidade de caminhos na busca da transcendência através de práticas espirituais e de meditação ao livre arbítrio de cada um.

O Pacifismo
O desarmamento planetário e local, a busca da paz e o compromisso com a não violência e a defesa da vida.

O Multiculturalismo
A diversidade, a troca e a integração cultural, étnica e social para uma sociedade democrática e existencialmente rica. Preservação do Patrimônio Cultural. Contra todas as formas de preconceito e discriminação racial, cultural, etária ou de orientação sexual.

O Internacionalismo
A solidariedade planetária e a fraternidade internacionalista diante das tendências destrutivas do chauvinismo, etnocentrismo, xenofobia, integrismo religioso, racismo e do neofascismo a serem enfrentados em escala planetária, assim como as agressões ambientais de efeito global.

A Cidadania Feminina
A questão masculino/feminino deve ser entendida de forma democrática, avançando no sentido de se conceber uma profunda interação entre os dois pólos, nos diversos setores da sociedade, visando a uma real adequação às necessidades circunstanciais. Homem e mulher devem buscar, como integrantes do sistema social, mudanças e transformações internas que venham a se traduzir numa prática de caráter fundamentalmente cooperativo. Maior poder, maior participação e maior afirmação da mulher e dos valores e sensibilidade feminina, além do combate a todas as formas de discriminação machista ou sexista, por uma comunidade mais harmônica e pacífica.

O Saber
O investimento no conhecimento como única forma de sair da indigência, do subdesenvolvimento e da marginalização para uma sociedade mais informada e preparada para o novo século. Erradicação do analfabetismo, educação permanente e a reciclagem de conhecimentos durante toda a vida. Prioridade ao ensino básico, garantia de escola pública, gratuita e de qualidade para todos.



IV.           PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS



Trata-se de uma revisão crítica da literatura em periódicos de língua inglesa e portuguesa por meio do Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da Biblioteca Nacional de Medicina (PubMed), cujas bases de dados foram a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a Bibliografia Médica (MEDLINE®) e a Biblioteca Científica Eletrônica Virtual (SciELO) e GOOGLE referente aos anos últimos 10 anos, cujos descritores utilizados foram: ecologia, desenvolvimento sustentável, crise socioambiental, inclusão social,  política ambiental, impacto socioambiental, colapso ambiental, ecossistemas, consumo sustentável, reciclagem, logística reversa, contaminação ambiental, poluição, indicadores socioambientais, educação ambiental.






















V.            RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados esperados são as mudanças de atitudes dos governantes, da sociedade civil como um todo, ações comprovadas por mudanças de indicadores monitorizados e constantemente publicados com base nos tópicos abaixo:
·        um jeito melhor de fazer as coisas, de cuidar do país.
·        um jeito em que o consumo seja responsável, a inclusão somas práticas e metas.
·        construir sem destruir, consumir sem ser consumido;
·        cuidar bem da nossa água, das florestas e das cidades;
·        acabar com o desperdício na produção de alimentos, de energia, na construção civil, no uso dos recursos públicos e em todos os outros setores. Com isso, é possível oferecer melhores condições de vida a todos;
·        aproveitar nossas riquezas com responsabilidade, garantindo qualidade de vida aos nossos filhos hoje e no futuro;
·        melhoria nos indicadores de  educação, pois com inovação serão o alicerce  desta transformação; a criatividade, o empreendedorismo e a diversidade socioambiental, os meios da sua  multiplicação.
·        é preciso um jeito novo de fazer política pautado por valores e princípios que tenham o interesse público, a transparência e a participação cidadã no centro das decisões, dos planos e das ações.










VI.            CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO










ATIVIDADES

MÊS/ANO


JAN
2009
JAN
2010
OUT
2010
17
OUT
2010
18
OUT
2010
21
OUT
2010
25
OUT

2010

31
OUT
2010

02

JAN

2011
17
OUT
2011
17
OUT
2012
17
OUT
2013
17
MAR
2014

SET

2014

OUT

2014

17
OUT

2015

17
OUT

2016

17
OUT
2017
Pesquisa Bibliográfica
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Elaboração do Projeto


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Entrega do Projeto (SP)



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Avaliação do Projeto


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Elaboração Carta de Intenções




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Entrega aos Candidatos






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Eleição







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Acompanhamento








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Conclusão






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Relatório(s) do PV










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Publicação dos Resultados










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VI. Principais Referências Bibliográficas (EM ELABORAÇÃO)

Adams, W. M.; Aveling, R.; Brockington, D.; Dickson, B.; Elliott. J.; Hutton, J.; Roe, D.; Vira, B.; Wolmer, W. Biodiversity conservation and the eradication of poverty.
 
Anaissie EJ, Penzak SR, Dignani MC. The hospital water supply as a source of nosocomial infections: a plea for action. Arch Intern Med. 2002 Jul 8;162(13):1483-92.
Andes N, Davis JE. Linking public health data using geographic information system techniques: Alaskan community characteristics and infant mortality. Stat Med. 1995 Mar 15-Apr 15;14(5-7):481-90.
Aguirre ,A. A.; Tabor, G. M. Global factors driving emerging infectious diseases. Ann N Y Acad Sci. 2008 Dec;1149: 1-3. Review.
 
Barcellos, C.; Quitério, L. A. [Environmental surveillance in health in Brazil's Unified Health System]. Rev Saude Publica. 2006 Feb; 40(1): 170-7. Epub 2006 Jan 4. Portuguese.
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ANEXO I

SUGESTÕES PARA EXECUTIVA DO PARTIDO VERDE DE MINAS GERAIS
COM VISTAS A EXECUTIVA NACIONAL, EM BRASÍLIA,  NO DIA 17 DE OUTUBRO DE 20101

I)             SUGESTÕES GERAIS

1.    Ao invés de “Agenda por um Brasil Justo e Sustentável” propor documento TipoCarta de Intenções por um Brasil Justo e Sustentável para Novo Governo de 2011 a 2014.”

2.    Proposta de nova itemização.

3.    Fazer documento caracterizado de maior objetividade e utilizando verbos no infinitivo para enfatizar uma meta;


II)            SUGESTÕES ESPECÍFICAS POR TEMAS

1.    TRANSPARÊNCIA E ÉTICA

            1.1 -    A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: “Não instituição de qualquer mecanismo de tutela ou controle sobre a liberdade de imprensa”.

                        B-COMENTÁRIO: está vago e subjetivo devendo-se torná-lo mais objetivo e subdivido conforme “Diretrizes para Programa de Governo de Marina Silva Presidente”


                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: - Propor mecanismos que assegurem o Estado de Direito previsto na Constituição, principalmente no que tange a atos arbitrários como tentativa de tutela ou controle sobre a liberdade de imprensa, até o final de 2011;

            1.2      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Transparência das informações sobre execução orçamentária do governo federal disponibilizando na internet dados primários do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), permitindo o acompanhamento da execução dos com tratos e dos processos decisórios inclusive dos conselhos de governo e agências reguladoras;


                        B-COMENTÁRIO: está muito amplo e complexo. Deveria constar verbo no infinitivo e ser dividido em sub-itens. Acreditamos que deva ser discutido na executiva de Minas ou em Assembléia na Executiva Nacional;

                  
                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: nenhuma





2.    REFORMA ELEITORAL


            2.1      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: “Encaminhamento ao Congresso de reforma política com adoção do voto distrital misto, lista cívica e financiamento público de campanhas.”

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO:  Assegurar comprometimento do executivo em dar o passo inicial criando condições no intuito de elaborar iniciativas e acompanhar, para que o Congresso deflagre a Reforma Política com adoção de voto distrital misto, lista cívica e            financiamento público de campanhas até 2012;


3.    Educação para a sociedade do conhecimento


            3.1      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Elevação do investimento em educação do setor público para 7% do PIB, priorizando novos investimentos na direção da universalização do acesso à pré-escola e à creche;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Estabelecer metas de investimento em educação do setor público para 7% do PIB, priorizando novos investimentos na direção da universalização do acesso à pré-escola e à creche até 2013;
  
            3.2      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Eliminação do analfabetismo entre jovens de 15 a 30 anos até 2014 e erradicação do analfabetismo até 2018;

                        B-COMENTÁRIO: manter


                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: nenhuma


            3.3      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Valorização dos professores da rede pública na sua remuneração, acesso universal a computador e internet, programas de aperfeiçoamento, formação continuada e fóruns democráticos para aprimoramento de currículos e métodos pedagógicos;



                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Criar programas de valorização dos professores da rede pública na sua remuneração, acesso universal a computador e internet, programas de aperfeiçoamento, formação continuada e fóruns democráticos para aprimoramento de currículos e métodos            pedagógicos até 2012;


            3.4      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Viabilizar nos primeiros seis meses de governo, a aprovação no Congresso da Lei de Responsabilidade Educacional e a criação do Sistema Nacional de Educação;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Elaborar pro-      postas que viabilizem, nos primeiros seis meses de governo, aprovação no Congresso da Lei de Responsabilidade Educacional e a criação do Sistema Nacional de Educação;


            3.5      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Programa de subsídios à manutenção na escola ou em curso técnico profissionalizante de todos jovens em situação de risco;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo, fazer acréscimo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Criar programas de subsídios à manutenção na escola, com ênfase na maior participação do ensino fundamental; ou em curso técnico profissionalizante de todos os jovens em situação de risco até 2012;


4.    SEGURANÇA PÚBLICA

               4.1   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Fundo nacional de segurança para complementar os salários dos policiais civis e militares de forma a garantir sua dedicação exclusiva à segurança pública; Programa de subsídios à manutenção na escola ou em curso técnico profissionalizante de todos jovens em situação de risco;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo, fazer acréscimo e estabelecer prazo;




                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Criar Fundo Nacional de Segurança para complementar o salário dos policiais civis e militares de forma a garantir sua dedicação exclusiva à segurança pública;  Programa de subsídios à manutenção na escola ou em curso técnico profissionalizante de           todos jovens em situação de risco até 2012;

               4.2  A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Encaminhar, no prazo de seis meses, PEC para reforma do modelo policial brasileiro.

                        B-COMENTÁRIO: manter;


                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: nenhuma


5.    MUDANÇAS CLIMÁTICAS ENERGIA/INFRA-ESTRUTURA


               5.1    A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Agência regulatória independente para Política Nacional de Mudanças Climáticas;


                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Criar Agência            regulatória independentemente para Política Nacional de Mudanças Climáticas até final 2011;

               5.2   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Publicação de estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil e, a cada três anos, seu inventário completo;
      
                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Publicar regularmente estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil e, a cada três anos, seu inventário completo até final de 2011;
              









               5.3   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: vide abaixo

      
                        B-COMENTÁRIO: proposta completa nossa para ser apreciado pela Executiva do PV de Minas Gerais e, se aceita, que seja encaminhada para a Convenção de Brasília em 17/10/10.

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Assegurar com               candidatos a criação de Programa Nacional de Energias Renováveis que possa apoiar financeiramente as iniciativas locais, regionais e nacionais no domínio das energias renováveis, da eficiência energética, dos aspectos energéticos dos transportes pela sociedade civil organizada, e as diversas instituições acadêmicas e científicas.


               5.4   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Aumento em 10%, até 2014, da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira;
      
                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Aumentar em     10%, da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira, com ênfase nas energias solar e eólica, até de 2014;


               5.5   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Fim dos leilões de energia para novas termoelétricas movidas a óleo diesel ou carvão mineral;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Aumentar em 10%, da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira com ênfase nas energias solar e eólica até de 2014;


               5.6   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Inclusão efetiva da sociedade       civil no Conselho Nacional de Política Energética;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Aumentar em 10%, da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira com ênfase nas energias solar e eólica até de 2014;


               5.7   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Supressão do IPI sobre fabricação de veículos elétricos e híbridos;

                       
                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Aumentar Su         pressão do IPI sobre fabricação de veículos elétricos, híbridos, solares e eólicos até o final de 2011;     


               5.8   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Estabelecimento de um              Plano Nacional Decenal de Infraestrutura compatível com as metas de redução de emissões de GEE;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo;

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Estabelecer um Plano Nacional Decenal de Infraestrutura compatível com as metas de redução de emissões de GEE até 2012;     


               5.9   A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Moratória de novas usinas nucleares ainda não autorizadas pelo Congresso Nacional;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo; 

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Estabelecer Moratória de novas usinas nucleares ainda não autorizadas pelo Congresso Nacional até 2012;     
      
            5.10    A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO:  Criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta sobre Desastres Naturais, incluindo publicação anual de mapa de áreas vulneráveis a desastres naturais;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo; 

                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Assegurar com os candidatos à Criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta sobre Desastres Naturais/Ambientais (Sala de Situações), incluindo publicação anual de mapa de áreas vulneráveis a desastres naturais e monitoração de causas e consequêncais  até final de 2012; 

            5.11    A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Painel científico independente para monitorar a segurança na exploração do pré-sal;

                        B-COMENTÁRIO: transformar em verbo no infinitivo e estabelecer prazo; 


                        C-SUGESTÃO PRELIMINAR DE REDAÇÃO: Estabelecer Painel científico independente para monitorar a segurança na exploração do pré-sal até final de 2014;

(A PARTIR DO PRÓXIMO TEMA A ELABORAR)


6.    SEGURIDADE SOCIAL: SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA

            6.1      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Universalização do acesso à banda larga em todo o Brasil;

            6.2      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Plano de geração de empregos verdes na transição para economia de baixo carbono;

            6.3      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Cumprimento das condicionantes socioambientais em relação ao projeto Belo Monte;

            6.4      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Comprometimento de 10% do orçamento federal para saúde conforme previsto na emenda 29/2000 e sua regulamentação no Congresso Nacional, em 2011;

            6.5      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Programa Saúde da Família (PSF) para, pelo menos, 80% da população brasileira, até 2014 com redução de três mil para dois mil do número de pessoas atendidas por cada equipe;

            6.6      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Carreira para os integrantes do PSF feita de forma solidária entre governos federal, estaduais e municipais;
           
            6.7      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Aumento para 75% dos domicílios com acesso à rede de esgoto e pelos menos 50% com tratamento do esgoto coletado, até 2014, com vistas à universalização do serviço até 2020;


7.    PROTEÇÃO DOS BIOMAS BRASILEIROS

            7.1      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Implantação da rastreabilidade e rotulagem de alimentos transgênicos;

            7.2      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Programas sociais de terceira geração contemplando a inclusão produtiva como desdobramento dos programas de transferência de renda;

            7.3      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: 􀁸 Desmatamento zero de vegetação nativa primária e secundária, em estágio avançado de regeneração, em todos os biomas brasileiros, ressalvadas situações de premente interesse público.

            7.4      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Veto a propostas de alteração do Código Florestal que reduzam áreas de reserva legal, preservação permanente ou promovam anistia a desmatadores;

            7.5      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Implementação da meta de 10% dos biomas brasileiros incluídos em unidades de conservação;

            7.6      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Apresentação de Plano Nacional para Agricultura Sustentável;


8.    GASTO PÚBLICO DE CUSTEIO E REFORMA TRIBUTÁRIA

            8.1      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Limitação da expansão dos gastos de custeio do governo federal à metade do crescimento do PIB;

            8.2      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Proposta de reforma tributária nos seis primeiros meses de governo contemplando:
 - Simplificação e restrição drástica da regressividade dos impostos;
 - Informação clara ao consumidor do valor dos impostos na composição dos preços de produtos e serviços que adquira;

            8.3      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Revisão da tributação, incentivos e renúncias fiscais de acordo com impacto sobre o meio ambiente e intensidade de emissões de GEE.

            8.4      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Redução substancial dos cargos comissionados de livre provimento;

            8.5      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Política externa orientada pela promoção da paz, liberdade, democracia e respeito aos direitos humanos.

            8.6      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Conclusão da demarcação e homologação das terras indígenas e criação de fundo para apoiar projetos indígenas e das demais populações tradicionais;

            8.7      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Implementação do Sistema Nacional de Cultura, ampliando seu orçamento promovendo a descentralização dos recursos e das políticas culturais;

            8.8      A-VERIFICAÇÃO DA REDAÇÃO: Combate a toda forma de discriminação racial, sexual e religiosa.


São Paulo, 17 de outubro de 2010



GILBERTO MARTINS BORGES FILHO
COLABORADORES:  RENATO RAMOS COELHO;
LEDNA BETTCHER; MARINETA BETTCHER;
JANE MEIRE PEREIRA SILVA  e RAQUEL ALVARENGA.
ORIENTADOR: JOÃO PEDRO MARTINS
REVISOR: JOÃO MACIEL DA SILVA


CARTA DE INTENÇÕES PARA ASSEGURAR UM
BRASIL JUSTO E SUSTENTÁVEL:
BUSCA DE NOVOS MODELOS
DE DESENVOLVIMENTO,
NOVAS ALTERNATIVAS DE
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS



PROJETO ENCAMINHADO AOS
CANDIDATOS Á PRESIDÊNCIA DA
REBÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL[1]



BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS



[1] Este projeto foi registrado sob número 1032637 em 21/10/2010 no 2º Cartório de Títulos e Documentos localizado à Rua dos Guajajaras, 197 -Loja 01 - Centro - CEP: 30180-100 Telefone (031) 3224-6630 / 3224-1788.